Aquele olhar era desconhecido, eu o vira quando era mais novo e só mas tarde fui reconhece-lo em outra pessoa, e sim, foi uma das paixonites que tive nos bons tempos da minha idade, se torna mais interessante e imensamente louco quando eu o reconheci em outros lugares, em outras formas, e em suas extensões. Aquele olhar era de admiração pura, aquele olhar de quando você encontra sua outra metade e era aquele olhar de amor quando você vê seu reflexo nos olhos e alma da outra pessoa, e era de tentação também por motivos óbvios.
Aquele olhar era o que me fazia levantar toda manhã para me preencher um pouco dele e continuar a viver, pois eu sei que me faltava, ou se eu o tivesse não era o bastante para senti-lo comigo vinte e quatro horas por dia, até que um dia eu notei que tenho uma metade para poder preencher com a outra metade e não uma metade qualquer e sim aquela que nos completa, aquela que vem junto com um olhar, com aquele olhar.
