O meu dia começou corrido. Levantei atrasado e no caminho tenho que passar em uma loja onde quero comprar um livro, que finalmente consegui juntar a grana. Talvez seja mais fácil achar num sebo, na verdade vou na hora do almoço, faço o intervalo em 15 minutos e fico com mais tempo para aproveitar outros títulos.
Tom não contava com a maior habilidade dele que era de se atrasar.
Ah! droga, vou me atrasar de novo e ainda tenho que fazer o relatório deste medicamento. vou acabar indo em uma livraria mesmo.
Ele pegou o trem e chegou na livraria, só não contava com a fila enorme e poucos atendentes.
- Oi, tudo bem? meu nome é Tom, onde fica o corredor sete?
- Olá, Tudo bem senhor, a sua direita no final vira a esquerda.
- Obrigado, Brenda.
Corre, será que consigo achar? – falando comigo mesmo – Nossa que menina linda, justamente ela está tirando foto próxima ao livro que procuro, deve ser alguma blogueira. Bom pelo menos o livro está ali, logo vai ser meu.
- Oi, Você me poderia dar licença? Ei, Oi?
- AH, oi, Desculpa.
- Então, posso ver essa prateleira que está atrás de você?
- Você trabalha aqui?
- Não não, só queria um livro que me falaram que estava nessa corredor.
- Qual livr..?
Antes terminasse a pergunta, uma senhora entrou no corredor sete e foi na direção certeira, não onde estava o tom e nem onde estava a garota desconhecida e sem cerimônias pegou um livro e pelos olhos arregalados de Tom, era o que ele queria.
- Não! não! não!
- O que foi meu filho?
- Eu tava procurando esse livro, não sabe o quanto to querendo ele.
- imagino, meu filho também, não para de falar nele.
- Senhora, por favor, tive um dia tão corrido hoje e deixa eu levar esse?
- mas e se for o último, meu filho vai ficar sem! não posso fazer isso.
- pago o dobro pra senhora hein
- Não e já disse não! Me dê licença por favor, sim.
Tom foi se sentar em algum banco longe da livraria, lá ficou horas pensando?
- O que faço agora? sem livro, nem almocei direito, O que faço?
Neste mesmo instante uma garota se aproxima dele
- Oi, estranho da livraria, tudo bem?
- Oi, não muito?
- Ela não quis te vender o livro mesmo né?
- como você sabe disso?
- Eu estava do seu lado, como você esqueceu disso ?
- Desculpa, eu tava querendo tanto aquele livro que nem prestei a atenção.
- Posso saber o seu nome?
- Sim, Clarissa.
- Meu nome é Tomás mas todo mundo me chama de Tom.
- Muito prazer, Tom.
- Você aceita tomar um café comigo, Clarissa?
- Sim, mas não posso demorar muito, moro longe daqui. Demorei por que quis te entregar isso.
Sem acreditar tom abre e logo olha o que tem dentro e fica sem reação.
- mas? que? como?
- Não foi nada, você não queria tanto o livro?
- Sim, mas …
- Quanto te devo?
- Nada demais, um café está bom.
Neste momento Tom não se importará mais com o livro.